Aterro Sanitário de Guapó: A Prova de que a Solução para os Lixões em Goiás Existe e é Viável

Após uma série de diligências que expuseram a grave realidade dos lixões em nosso estado, a Frente Parlamentar pela Erradicação dos Lixões visitou o Aterro Sanitário de Guapó, operado pela empresa Resíduo Zero. O objetivo desta visita foi diferente: não era para denunciar um problema, mas para apresentar a solução.

O que encontramos em Guapó é a prova concreta de que é possível tratar nossos resíduos de forma segura, tecnológica e ambientalmente responsável. "Não adianta nós mostrarmos só aquilo que está ruim", afirmei durante a visita. "Essa frente parlamentar ela veio para mostrar que existe a solução, existe o caminho, existe como fazer e existe onde está sendo feito".

Mais que um Aterro: Uma Central Completa de Tratamento

O aterro de Guapó é, na verdade, uma "Unidade de Valorização Sustentável", que levou 10 anos para ser licenciado, demonstrando a complexidade e a seriedade do processo. A unidade possui quatro tecnologias distintas operando simultaneamente, cada uma com uma finalidade específica:

• Aterro Sanitário (Classe 2): Recebe o lixo doméstico comum de 61 cidades do estado de Goiás, que é disposto em células com um sistema robusto de proteção do solo.

• Aterro Industrial (Classe 1): Único no estado de Goiás, é destinado a resíduos perigosos como produtos químicos, embalagens de agrotóxicos, pilhas e cinzas, que não podem ser descartados em aterros comuns.

• Tratamento de Resíduo de Saúde: Utiliza a tecnologia de autoclavagem, um processo térmico que esteriliza resíduos de hospitais, clínicas e laboratórios, tornando-os inertes antes da destinação final.

• Estação de Tratamento de Efluentes (ETE): Trata 100% do chorume (o líquido tóxico gerado pelo lixo), permitindo que a água seja completamente reutilizada dentro do próprio aterro, para umidificação de vias e outras necessidades operacionais, sem descartar nenhuma gota em corpos hídricos.

Tecnologia de Ponta na Proteção do Meio Ambiente

Um dos pontos mais impressionantes do aterro de Guapó é seu sistema de impermeabilização, que impede a contaminação do solo e do lençol freático. São até seis camadas diferentes de proteção, incluindo mantas geossintéticas e argila compactada, que garantem a segurança total da operação. Além disso, a unidade possui 22 programas de monitoramento ambiental contínuo, que atestam a segurança e a eficácia de todos os processos.

[SUGESTÃO: INSERIR GALERIA DE FOTOS MOSTRANDO AS CAMADAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO, A ETE E O ATERRO INDUSTRIAL COBERTO.]

A Solução para os Pequenos Municípios

Uma das maiores dificuldades para as pequenas cidades é o custo de transportar seu lixo. O modelo apresentado em Guapó resolve isso através de estações de transbordo. Municípios distantes, como Diorama (a quase 300 km), levam seus resíduos para uma estação regional, onde o lixo é compactado em carretas maiores, que então viajam até o aterro. Isso torna a destinação correta economicamente viável até para as menores prefeituras.

O Caminho para um Goiás Livre dos Lixões

A visita a Guapó nos enche de esperança e nos dá um roteiro claro. A solução existe e seu custo é infinitamente menor que o prejuízo ambiental e de saúde pública causado pelos lixões. Como afirmei aos presentes: "nós temos que achar essa saída, eu não vou descansar".

Nosso próximo passo é levar este modelo e estes dados ao Governador Ronaldo Caiado e unir forças com a Assembleia Legislativa, prefeitos, Ministério Público e a iniciativa privada. Com vontade política e a união de todos, podemos replicar esta solução e tornar Goiás um estado livre deste mal, assim como outros já fizeram.

Instruções Finais para Você:

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